Mudança Radical!

A duração do Curso Preparatório foi de dois meses...

Durante este tempo, juntamos todos os formulários e apostilas disponíveis em sites e outro blogs, imprimimos tudo e era só questão de aguardar o Ielts e vender um dos carros para dar entrada no processo. No entanto, o Ielts nao se mostrava tão simples (pelo menos ao meu inglês) a medida que o curso ia passando e os simulados, despencando.

Veio a preocupação: "E se não obtiver o score necessário? Pagar mais $85 libras e ter de aguardar mais três meses para poder repetir o teste? Fazer um novo curso de inglês?"

Consegui fazer várias aulas com o professor Roberto, lá da Faculdade. Ele já prestou o teste e tem inglês fluente. Me ajudou muito, pois ele me passou vários "macetes" da prova: como direcionar minha audição, usar os Phrasal Verbs, ler melhor e mais rápido. Foi uma enorme ajuda!

Conversando com uma amiga, ela me disse algo que todo futuro imigrante gosta de ouvir: "Olha, tenho um amigo que foi pra lá e está muito bem! Ele vive falando pra gente (ela, marido e dois filhos) irmos pra lá também...se voce quiser, peço pra ele entrar em contato...". Era algo muito bom pois, um imigrante de sucesso poderia sanar uma série de dúvidas etc. Entrei em contato com este novo amigo, que mora em Montréal desde 2000, trabalha na área e nao quer saber de voltar. Ele fez seu processo por Québec, aquele do francês...

Em minha primeira mensagem, lhe disse o quanto estava preocupado com o Ielts, com a quantia exigida pelo processo e muitas outras coisas - formulários, exames etc. Sua resposta foi muito esclarecedora; no primeiro momento ele disse: "Por que voce nao tenta Québec? É muito mais em conta, tem um bom mercado de trabalho para sua área (Química) e é mais rápido...com relaçao ao francês, nao é necessário nenhum teste de proficiência, voce passa por uma entrevista, no qual será avaliada sua disposição para aprender francês...". Hoje sei que, na verdade, a entrevista serve como comprovação do nivel de francês que informamos no formulário de soliticação do CSQ (Certificat de Sélection du Québec) além de checagem da documentação, escolaridade, prova de fundos e mais...

Seguindo as orientações de meu amigo, entrei no grupo de discussão Canada Imigration onde há muita, mas muita informação sobre Imigração de modo geral (processo federal/Québec, entrevista, declaração de quem já foi, está indo ou ainda vai - como nós etc.). Outra orientação, inscrever-nos em uma palestra oferecida pelo Escritório de Imigração de Québec em Buenos Aires, realizada em todo Brasil. As palestras estão dirigidas as pessoas que desejam imigrar para Québec, são gratuitas e sua duração é de 90 minutos. Os assuntos abordados sao a tramitação de imigração, a busca de emprego, a sociedade quebequense (québécois), os conselhos para instalar-se. E por último, fazer, juntamente com minha esposa, um curso intensivo de francês, para que na data da entrevista, possamos comprovar um nível íntermediário.

Realmente, as coisas mudaram radicalmente após a conversa com meu amigo agora canadense e então, decidimos encarar agora um curso de francês. E o Ielts?

Bom, tudo isso aconteceu antes do teste mas, como já havia pago e de certa forma, seria importante já que, se obtivesse o score, faria o processo federal mesmo, fiz o teste e...meu score... 5-5-6-6.5 ...para o processo federal, segundo a interapoio, eu precisava de 5-5-7-7...

Não fiquei tão chateado porque ja estávamos com intenção de ir para Québec (o teste não era mais limitante) e também porque, sinceramente, o teste comprovou exatamente meu nível de inglês como usuário Modest-Competent User. No geral, nao achei o teste tao difícil - com bom preparo, dá para encarar. O difícil é o tempo curtíssimo para realizá-lo! Acredito que se tivesse mais tempo, teria obtido um score melhor. Sobre minhas notas: 5 no speaking, já era esperada, uma vez que meu curso de inglês não foi tão direcionado a conversação; 5 no writing, foi uma surpresa desagradável pois eu achava que não cometia tantos erros mas na hora do nervoso...foi; 6 no listening, foi a surpresa agradabilíssima...imaginem quando se faz um simulado de listening e voce não entende patavinas do que se fala no áudio...TODOS os meus simulados, que não foram poucos, foram assim...essa valeu; 6.5 no reading, bom, estava tão confiante que nao dei a devida atenção a esta modalidade, falha minha meeeesmo. Assim, creio que foi uma boa experiencia também...vale a pena encarar o Ielts, um teste, na minha opinião, honesto.

Passado o teste, a prioridade era um curso de francês BBRE (Bom, Barato, Rápido e Eficiente).

Verifiquei as opções colocadas pelos membros do Canada Imigration e entrei em contato com a Fabiana (e-migrante) pois, tanto ela como o Cléber tiveram de fazer um curso de francês também. Seguindo sua ótima indicação, minha esposa e eu nos matriculamos na Voltaire, onde temos aulas com o Monsieur Anselme (francófono nativo) e já aprendemos muita coisa. Estamos na metade do segundo módulo do nível básico e acredito que, até nossa entrevista, já estejamos no intermediário. Como podem ver, de abril de 2005 até o momento, muita coisa aconteceu, muitas idéias se alteraram mas uma coisa é certeza, se Deus permitir, seremos Québécois em breve.

Nos próximos posts, falaremos mais sobre o processo por Québec e outros blogs que, com certeza, estao muito mais completos que este...mas nós chegamos lá...

Primeiros passos...

Estava decidido...vamos imigrar!

Mas como todos que tomam esta decisão, vem a maior de todas as dúvidas: começar por onde? A solução: recorremos mais uma vez ao grande Google! E quando deixamos de lado a timidez e usamos nosso modesto inglês, eis que achamos o que pode ser o "site mor" para quem está começando - o Site Official de Cidadania e Imigração Canadense. É obrigatório pois, neste site, constam todas as informações sobre os processos de imigração existentes, requerimentos, taxas e formulários. Nossa opção foi a princípio imigrar como Skilled Worker, no chamado Processo Federal.

Então, como principal solicitante, fiz o teste on-line e consegui, de acordo com meus dados 67 pontos (no limite exigido, segundo o site).

O primeiro degrau mais complicado: a proficiência em inglês...lógico, como imigrar ao Canadá sem considerável conhecimento na língua inglesa? Neste processo é exigido o IELTS: International English Language Testing System ou o CELPIP: Canadian English Language Proficiency Index Program para a comprovação da proficiência do candidato na língua inglesa e o TEF: Test d'Evaluation de Français para a comprovação do francês. De acordo com meu teste, precisava de pelo menos uma classificação entre moderate ou high proficiency no ingles...

Assim, era necessário encarar o Ielts. Detalhe: nunca havia ouvido falar deste teste...ainda mais com meu inglês humilde. Mas, como quem tem boca vai ao Canada, iniciei a preparação, um tanto perdido é claro, mas certo de que este seria nosso primeiro "divisor de águas"! O interessante é que somente o principal aplicante deve comprovar sua proficiência (minha esposa adorou).

Voltamos ao Google para saber mais detalhes sobre o Ielts e eis que encontramos, nessas andanças, o blog e-migrante, do Cléber e da Fabiana. Lá, encontramos muita informação mas, naquele momento, nao servia para nos pois, nao iríamos para Québec (!). Encontramos também a Interapoio, empresa que presta serviços a imigrantes e que possui um teste de avaliação próprio e gratuito. Fiz o teste e fui contactado pelo Sr. Francisco, que me passou muita informação e foi muito atencioso. Segundo ele, de acordo com meu teste (do site da interapoio), eu deveria alcançar os scores 7-7-5-5 nas quatro habilidades avaliadas pelo Ielts (listening - speaking - reading - writing). Pelo menos agora eu já tinha um norte a seguir...

Devido as particularidades do teste, achei que seria bom fazer algum curso preparatório, até mesmo para aprimorar meu inglês. Encontrei um ótimo curso preparatório na St.Giles, onde tive aulas com a teacher Juliana. As aulas foram ótimas, com excelente material. Além do preparo ao curso, aprendi e reforcei muita coisa! Agora, era fazer o teste, programado para fim de novembro de 2005 (a própria St.Giles é um centro examinador, o que facilitou muito).

No próximo post, o resultado do Ielts e a mudança de planos.

Assim tudo começou!!!

Em abril de 2005, através de uma conversa entre amigos, surgiram aqueles velhos comentários a respeito dos problemas do Brasil, principalmente em relação a nosso valoroso governo (quero deixar claro que, quando me refiro a problemas governamentais, estou considerando que estes se devem a governos anteriores também, embora não tenha a mínima simpatia com o atual), criminalidade, emprego, impostos e por aí vai. Até que uma amiga comentou sobre alguns parentes que estão no Canadá a algum tempo. Então, começamos a imaginar como seria viver em um país desenvolvido, sem impostos exploradores e corrupção na moda...assim tudo começou!

Cheguei em casa e comentei com minha esposa sobre essa possibilidade...

A primeira coisa que em pensamos foi: nossos pais, irmãos e amigos, como seria nossa vida sem eles? Mas minha querida amada Elaine, sempre sensata, logo me disse: "Vamos ver como funciona direitinho antes de morrer de saudades..." Entao fiz um levantamento inicial, entrando em tudo que era site sobre imigração (bendito seja o google...rs).

Verifiquei a possibilidade de ir para Austrália (tendo como referência o clima e o pouco que sei sobre o país), Nova Zelândia (idem) e Canadá (este com referências melhores mas, com muito medo do frio). Bom, desisti da Austrália e da Nova Zelândia pois, como já vi em muitas discuss~ees, seria melhor ir quando nossa profissão está em demanda. O outro porém foi a distância (sei que é esquisito falar disso pois nunca sai do Brasil mas......). Começamos a investigar, junto com nosso amigo Rogério, mais a fundo sobre o Canadá.

Nosso primeiro baque! Quanto formulário e quanto dinheiro a ser investido!!!! E quando olhamos o processo por Québec (mais em conta).....ih, temos que falar francês....esquece.

Com mais calma, colocamos tudo na ponta do lápis e, para nossa alegria, chegamos a conclusão de valeria a pena tentar. Por que sim? Porque somos novos? Porque somos aventureiros? Porque estamos cansados desta exploraçao tributária em nossa querida terra?

Acredito que nossa decisão se baseou mais em possibilidades futuras e nao em reclamações atuais...sim, somos otimistas e vamos para o Canadá COM A CARA E A CORAGEM!!!

É claro que, como muito planejamento e com a cabeça no lugar hehehe...

No próximo post, vou contar como decidimos entre o Processo Federal Direto e o Processo Via Québec!!!